DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES: UMA ANÁLISE MULTIVARIADA

Magno Luís Bezerra Lima, Julynara Alves Frota, Francisco Sávio Maurício Araújo, Raimundo Eduardo Silveira Fontenele

Resumo


Nas últimas décadas, o conceito de Desenvolvimento Sustentável faz parte das estratégias das nações, como uma forma de promover a competitividade, bem como de mantê-la nas ações  em longo prazo. De acordo com a definição da Comissão Brundtland, desenvolvimento sustentável é quando as necessidades da geração atual são satisfeitas sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades. A meta principal da competitividade nacional é melhorar o padrão e a qualidade de vida da população, por meio da ampliação da capacidade empresarial nos mercados internacionais. Neste contexto, o presente trabalho busca investigar a influência do desenvolvimento sustentável entre os países. Para isso, avaliou-se quantitativamente a relação entre indicadores associados à competitividade e desenvolvimento sustentável, com base em vários indicadores, tais como: Índice de Performance Ambiental (EPI Environmental Performance Index) e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (SDG – Sustainable Development Goals), os quais foram utilizados nesta análise. Para avaliar a competitividade, utilizou-se o Índice de Competitividade Global (GCI). Verificou-se que o SDG teve maior impacto sobre o GCI, enquanto que o PIB mostrou a correlação mais significativa com o GCI. Os resultados também mostraram que há um trade off entre a competitividade e fatores sociais / ambientais dentro de cada grupo obtidos pela análise de cluster.

Texto completo:

PDF

Referências


ARROW, K.; BOLIN, B.; COSTANZA, R.; DASGUPTA, P.; FOLKE, C.; HOLLING, C. S.; JANSSON, B. O.; LEVIN, S.; MALER, K. G.; PERRINGS, C.; PIMENTEL, D. Economic growth, carrying capacity and the environment. Science, v. 268, n. 5217, p.520-521.1995.

ARSLAN, N.; TATHDIL, H. Defining and measuring competitiveness: a comparative analysis of Turkey with 11 potential rivals. International Journal of Basic & Applied Sciences, v.12, n.2, p. 31-43, 2012.

ÁVILA, E. S.; DINIZ, E. M. Evidências sobre curva ambiental de Kuznets e convergência das emissões, Estud. Econ, (São Paulo), v. 45, n. 1, jan-mar, 2015.

BALKYTE, A.; TVARONAVIČIENE, M. Perception of competitiveness in the context of sustainable development: Facets of “sustainable competitiveness”. Journal of Business Economics and Management, v. 11, n. 2, p. 341–365, 2010.

BECKERMAN, W. Economic Growth and the Environment: Whose Growth? Whose Environment. World Development, v. 20, p. 481-496, 1992.

BM&FBOVESPA. Pacto Global da ONU reconhece a diretora de Imprensa e Sustentabilidade da BM&FBOVESPA como uma “2016 Local SDG Pioneer”. São Paulo, Jun/ 2016.

CECILIA-NICOLETA, J.; ALEXANDRU, B. Perception Of Global Competitiveness In The Context Of Sustainable Development: The Cases Of Romania And Bulgaria. Anais do "ConstantinBrâncuşi". Universidade de TârguJiu, Série Economia, v.1, n. 1, 2015.

DOCUMENTOS DAS NAÇÕES UNIDAS. 1987. Nosso Futuro em Comum, capítulo 2: Rumo ao Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: Acesso em: 02 out. 2016.

EDMONDS, T. Regional Competitiveness & the Role of the Knowledge Economy, House of Commons Library, Research paper. London: Research Publications Office, p.73–55, 2000.

FERNANDES, L. A. O. The Meaning of Sustainability: Searching for Agrienvironmental Indicators. Manchester: University of Manchester – Institute for development policy and management, 2004. (Doctoral thesis).

FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL (2010), Disponível em: Acesso em: 25/10/2016.

HAIR, J. F.; BLACK, W. C.; BABIN, B. J.; ANDERSON, R. E. Multivariate Data Analysis. Pearson, Ed. 2010.

HAIR, J.; ANDERSON, R.; TATHAM, R.; BLACK, W. Multivariate data analysis. 5 ed., ed. New Jersey: Prentice Hall, 1998 cap.1-3. 768p.

HENNIG. Dissolution point and isolation robustness: robustness criteria for general cluster analysis methods. Journal of Multivariate Analysis, v.99, p.1154-1176, 2008.

HERCIU, M.; OGREAN, C. An Overview on European Union Sustainable Competitiveness. Procedia Economics and Finance, v. 16, p. 651–656, maio, 2014.

HSU et al. Global Metrics for the Environment. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2016.

IMD. International Institute for Management Development. World competitiveness yearbook 2016, Disponível em: Acesso em: 04 de out. 2016.

KASIMOVSKAYA, E.; DIDENKO, M. International Competitiveness and Sustainable Development : are they apart, are they together ? A quantitative approach. v. 2, p. 37–51, 2013.

KEMERICH, P. D. C.; RITTER, L. G.; BORBA, W. F. Indicadores de sustentabilidade ambiental: métodos e aplicações. Revista Monografias Ambientais – REMOA, v. 13, n. 5 (2014): Edição Especial LPMA/UFSM, p. 3723-3736, Santa Maria, 2014.

LAPINSKIENĖ, G.. The analysis of the relationship between the sustainable development and competitiveness in the European countries. Intellectual Economics. v. 5, n.3, p. 434–444, 2011

MALHEIROS, T. F.; PHILIPPI JR., A.; COUTINHO, S. M. V. Agenda 21 nacional e indicadores de desenvolvimento sustentável: contexto brasileiro. Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 17, n. 1, p.7-20, mar, 2008.

MANLY B. J. F. Métodos estatísticos multivariados: Uma introdução. Porto Alegre: Artmed. 2008.

MARCONDES, A. W.; BACARDJI, C. D. ISE – Sustentabilidade no mercado de capitais, 1 Edição, Report Editora, São Paulo, 2010.

MARTINS, G. A. Estatística Geral e Aplicada. 3. ed. São Paulo: Atlas., 2008.

ONU. Divisão para o Desenvolvimento Sustentável. Indicators of sustainable development: guidelines and methodologies: 2001. Disponível em: . Acesso em: 05 out. 2016.

PEDRINI, A. G. Educação Ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.

PERKINS, D. H. Economics of Development, 5th Edition. New York: W.W. Norton & Company, Inc. 2001.

PHILIPPI, L. S. A Construção do Desenvolvimento Sustentável. In.: LEITE, A. L. T. A.; MININNI-MEDINA, N. Educação Ambiental (Curso básico a distância), Questões Ambientais – Conceitos, História, Problemas e Alternativa. 2. ed, v. 5. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2001.

PORTER, M. C.; VAN DER LINDE, "Toward a new conception of the environment competitiveness relationship", Journal of Economic Perspectives, v.9, p.97-118, 1995.

PORTER, M. E. Competition in Global Industries. Harvard, Harvard University Press. 1986.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD). Declaração do Milênio. 2000. Disponível em:< https://goo.gl/Sq84NX > . Acesso em: 09 out. 2016.

ROMEIRO, A. R. Desenvolvimento Sustentável: uma perspectiva econômico–ecológica. Estud (São Paulo), v. 26, n. 74, 2012. Disponível em: Acesso em: 10 de nov. 2016

SALA-I-MARTIN, X.; BILBAO; OSORIO, B.; BLANKE, J.; HANOUZ, M.; GEIGER, T.; KO, C. The Global Competitiveness Index 2013–2014: Sustaining Growth, Building Resilience, The Global Competitiveness Report 2013-2014. World Economic Forum, 2013, 3-551;

SALA-I-MARTIN, Xavier et al. The global competitiveness index 2009–2010: Contributing to long-term prosperity amid the global economic crisis. The global competitiveness report, v. 2010, p. 3-47, 2009.

SAMIMI, A. J.; GHADERI, S.; AHMADPOUR, M. Original article. Environmental Sustainability and Economic Growth : Evidence from Some Developing. v. 5, n. 5, p. 961–966, 2011.

SANCHS, I. Estratégias de Transição para do século XXI – Desenvolvimento e Meio Ambiente. São Paulo: Studio Nobel – Fundação para o desenvolvimento administrativo, 1993.

SCHLINDWEIN, M. M.; JUCHEM, D. M.; RAFUL, N. Desempenho ambiental como fator de competitividade das empresas goianas. In: Congresso Da Sociedade Brasileira De Economia, Administração E Sociologia Rural, 47., 2009, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: SOBER, 2009. CD-ROM.

SOUZA, C. F.; BRITO, M. A. Implicações socioambientais da geração de resíduos sólidos pelas microempresas de transformação em Juazeiro do Norte – CE. Revista Economia em Debate, Crato, n. 2, p. 148-170, 2008.

SOUZA, R. S. Evolução E Condicionantes Da Gestão Ambiental Nas Empresas. REAd - Revista Eletrônica de Administração, v. 8, n. 6, p. 1–22, 2002.

STEYERBERG, E. W.; EIJKEMANS, M. J. C.; HABBEMA, J. D. F. Stepwise Selection in Small Data Sets: A Simulation Study of Bias in Logistic Regression Analysis. Journal of Clinical Epidemiology, v. 52, n. 10, p. 935–942, 1999.

SURI, V.; CHAPMAN, D. Economic growth, trade and the energy: Implications for the environmental Kuznets curve. Ecological Economics, New York, v. 25, p. 195-208. 1998.

TUMMINELLO, M.; LILLO, F.; MANTEGNA, R. N. Correlation, hierarchies, and networks in financial markets. Journal of Economic Behavior & Organization, v.75, n.1, p.40–58, 2010.

UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human Development Reports. Disponível em: . Acesso em: 05 out. 2016.

UNITED NATIONS, Sustainable Development Goals. Disponível em:. Acesso em: 05 de outubro de 2016.

VIEIRA, T. M. P.; LIMA, G.B.A.; BARROS, S.R.S. Proposta de indicadores de sustentabilidade para o setor de distribuição de combustíveis: o caso da Petrobras Distribuidora. In: XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 28, 2008, Rio de Janeiro, Anais... Rio de janeiro, , 2008, p. 1-17. Acesso em: 05 de outubro de 2016


Desenvolvido por:

Logomarca da Lepidus Tecnologia