A MENSURAÇÃO DA PERSONALIDADE DE DESTINO COMO DIFERENCIAÇÃO PARA O SETOR TURÍSTICO NO CONTEXTO DA PANDEMIA

Marcelo da Silva Schuster, Valéria da Veiga Dias

Resumo


Entre as décadas de 1980 e 2010, centros internacionais de pesquisa produziram um grande número de estudos que enfatizam a relevância de conhecer as percepções[VdVD1]  do consumidor para ofertar soluções mercadológicas de alto valor agregado. A crise sanitária vigente evidenciou, desde o final do ano de 2019, a urgência de se empregar inovação nos processos inerentes à oferta de serviços, em especial, no setor de viagens e turismo. Este estudo apresenta o Inventário de Personalidade de Destino (IPD), construído e validado para a realidade brasileira. O IPD foi elaborado a partir de revisão lexical de instrumentos existentes e análise de especialistas. A escala foi aplicada para uma amostra de 932 participantes. A validação diferenciou-se dos estudos anteriores, já que utilizou três modelos de validação, com análise fatorial exploratória, confirmatória e de segunda ordem. O instrumento demonstrou ser uma medida altamente confiável para identificar traços de personalidade de destino, a partir da percepção de consumidores. O modelo iniciado com 44 variáveis findou-se com 21, distribuídas em cinco fatores. Em virtude de seus bons índices (χ2 = 964,867, GFI = 0,909, RMSEA = 0,068, ECVI = 1,142), o IPD pode ser uma ferramenta usada para uma melhor avaliação das características de cada destino turístico, o que resulta em melhor desenvolvimento estratégico, diferenciação, posicionamento e satisfação do consumidor.


Palavras-chave


marketing; serviços; consumidor; personalidade de destino; pandemia; turismo.

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